O primeiro transplante renal em Joinville ocorreu em 22 de julho de 1978 no Hospital Municipal São José. A receptora foi Maria de Souza Assumpção, 55 anos, moradora no bairro Nova Brasília, em Joinville. O doador do rim foi um jovem de 22 anos, que morreu poucas horas antes em acidente na BR-101. Ao ser diagnosticada a morte cerebral, a família não titubeou em autorizar a retirada dos órgãos. O transplante começou às 22 horas daquele sábado e terminou às 07 h da manhã seguinte. A receptora viveu por mais oito anos, com boa qualidade de vida. Hoje, a instituição comemora o alcance de 1.700 transplantes renais que beneficiaram diversas pessoas, as quais puderam reescrever uma nova vida.
A equipe foi a mesma que anos depois criou a Fundação Pró-Rim, liderada pelo médico nefrologista José Aluísio Vieira. Era formada pelos profissionais Amaro Joaquim Alves e Marcio Ocker (urologistas); Osmar Sérgio Hausen, Seno Hagemann e José Carlos Cassou (cirurgiões vasculares); Sérgio Ferreira (cirurgião de tórax); Luiz Carlos Fronza (Imunologia); Djalma Starling Jardim e Ronald Moura Fiuza (Neurocirurgiões).
Segundo o médico José Aluísio Vieira, naquela época, a primeira unidade de hemodiálise de SC, implantada em oito de agosto de 1975, no Hospital São José, estava para completar apenas três anos. “Tudo era novidade nesta área da medicina e pouco se falava em transplantes no Brasil”. Ele também recorda que “a equipe viajava semanalmente de ônibus à noite para São Paulo e participava de treinamento intensivo no Hospital das Clínicas, até que chegou o dia de colocar o aprendizado em prática”.
O médico José Aluísio Vieira relembra o acontecimento científico que teve grande repercussão: “Além da hemodiálise, assumimos também o pioneirismo nos transplantes em Santa Catarina. Foi um grande feito para a medicina catarinense. O primeiro transplante em Joinville foi uma batalha. Dar continuidade, uma guerra. O Hospital Municipal São José, de Joinville, foi o primeiro hospital não universitário a fazer um transplante desta natureza”, descreve o nefrologista.
A partir deste transplante, Joinville começava a escrever uma das mais belas e transformadoras histórias da medicina catarinense. Hoje são 1.700 transplantes que fazem da Fundação uma referência nacional e integrante do grupo das dez instituições do país com mais procedimentos nesta área. A Pró-Rim atende pelo SUS a quase totalidade dos seus pacientes. “Desde aquele dia estamos cumprindo o nosso propósito que é salvar vidas”, destaca o médico José Aluísio Vieira.
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Setor de Comunicação
22/07/2019
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