Não é raro que crianças a partir dos cinco anos de idade sofram de escape noturno, ou seja, fazer xixi na cama enquanto dormem. Os motivos são variados. Neste caso é recomendado o tratamento médico, natural ou medicamentoso. O alerta é do médico Nefrologista Pediátrico da Fundação Pró-Rim, Dr. Artur Wendhausen.
Ele explica que a enurese noturna tem muito a ver com a antecedência familiar. “Se o pai ou a mãe passou pelo mesmo problema, a possibilidade da criança urinar na cama é de 60%. Este percentual pode chegar a 90% se a incontinência urinária acometeu os dois”, esclarece o pediatra. Além disso, há casos de fundo emocional, quando crianças passam por trauma, como a morte de um familiar.
Segundo o médico podem ser recomendados tratamentos medicamentosos ou naturais. Um deles, que dispensa remédios, é o uso de alarme para detectar a umidade. O alarme é um pequeno aparelho colocado no pijama, que dispara, emitindo som e vibração na hora em que a criança começa a urinar. Quer dizer, condiciona ao longo dos meses e inibe a liberação do xixi.
Ele também lembra que há um tratamento novo de fisioterapia da bexiga, que em algumas vezes também dispensa o uso de medicamentos. Outra opção é o tratamento que pode ser à base de remédios eficazes, com resultados comprovados, atesta o médico.
O Dr. Artur Wendhausen recomenda aos pais que não restrinjam líquidos muito cedo durante o dia e façam essa suspensão somente apenas umas duas horas antes da criança deitar e nunca deixem de fazê-la urinar e esvaziar bem a bexiga antes de dormir. Depois disso, o médico não aconselha vistoria na cama durante a madrugada. Segundo ele, isso não resolve e atrapalha o sono da criança e dos demais familiares.
Ele discorda dos pais que aplicam castigos físicos, psicológicos ou ainda obrigam crianças com mais de cinco anos a usar fraldas. “Isso só é admitido na primeira semana de algum tratamento. Fora desse procedimento, apenas agrava a situação, afinal a criança não faz xixi na cama por que quer. Ela sofre de um distúrbio e precisa de ajuda, carinho e compreensão”, explica o pediatra.
Ele acrescenta que além da incontinência ser um quadro clínico, pode representar também uma manifestação psicológico importante. “Isso inclui problemas de relacionamentos quando a criança precisa dormir na casa da tia ou de colegas de escola, na noite do soninho”, exemplifica o médico. Para ele, os efeitos podem se estender até a fase adulta.
Esclarece ainda que é considerada enurese noturna, quando há recorrência de duas ou mais vezes por semana. “Esse distúrbio afeta um por cento da população adulta”, lembra o Dr. Artur, que recomenda sempre que se procure um médico para uma avaliação individual.
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Léo Saballa
Assessor de Imprensa da Fundação Pró-Rim
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