O censo foi aplicado às clínicas de diálise entre agosto/21 a janeiro/22
O censo foi aplicado às clínicas de diálise entre agosto/21 a janeiro/22
A pesquisa concluiu que o número de pacientes e a taxa de prevalência em diálise crônica continuam crescendo.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apresentou o censo de 2021 dos dados referentes aos pacientes em tratamento dialítico no país. A coleta das informações foi realizada de forma inteiramente virtual através de um questionário que abrangia perguntas de caráter sociodemográfico, clínico e terapêutico entre agosto de 2021 a janeiro de 2022.
Todos os centros de diálise do país foram convidados a participar. Das 849 entidades cadastradas na SBN, 252 responderam ao questionário, uma taxa de resposta de 30%.
Para maior abrangência dos dados, foi considerado que as unidades de diálise que não responderam possuíam a quantidade média de pacientes das demais (média de 175 pacientes por unidade), com margem de erro de 5%. “É uma maneira que a Sociedade Brasileira de Nefrologia encontrou para ter essas estimativas e acompanhar essas tendências de tratamento ao longo do tempo”, ressalta Dra Fabiana Nerbass, nutricionista e pesquisadora da Fundação Pró-Rim. Ela é uma das autoras da pesquisa organizada pela SBN.
O Censo Brasileiro de Diálise pode servir como uma “régua” de comparação dos dados nacionais com os dados de cada clínica individualmente. Índices como: taxa de mortalidade, prevalência de pacientes com hepatite e com cateter como acesso vascular, por exemplo, estão disponíveis para consulta.
Porcentagem de homens e mulheres permanece estável. Hipertensão arterial e diabetes mellitus seguem como as principais causas de doenças renais.
O censo revelou que a taxa de homens e mulheres em tratamento renal se mantém na proporção vista em pesquisas anteriores: 59% dos pacientes são homens e 41% mulheres. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus continuam sendo as principais doenças de base para a doença renal crônica, representando cada uma 32% e 30% dos casos respectivamente.
Houve um declínio no número de pacientes com hepatites B (0,6%) e C (2,6%) em relação ao censo anterior, e um leve aumento no número de pacientes com HIV (1,2%).
“Desde 2016 quase 300 pacientes iniciaram diálise peritoneal. Isso fez aumentar em 150% o número de pacientes nesta modalidade”, explica Fabiana. “Isso representa 30% dos nossos pacientes”, complementa. Um número bem superior à prevalência nacional que é de apenas 5,8% dos pacientes em diálise peritoneal, enquanto que 94,2% estão em hemodiálise.
Fabiana explica que o censo pode gerar outros estudos e políticas públicas de prevenção: “Se você vê que aumenta muito o número de pacientes com diabetes ou hipertensão, por exemplo, isso estimula ou deveria estimular, políticas públicas de prevenção dessas doenças”, complementa.
O censo completo você pode acessar em: l1nq.com/6LaRA
Fernando Rodrigues
Comunicação Pró-Rim
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