O modelo de corpo ideal sempre esteve presente em todas as sociedades. Hoje isso ocorre principalmente através dos meios de comunicação de massa. A mídia veicula um modelo de beleza (jovem, corpo magro, firme e bronzeado) e a maioria das propagandas, de uma forma indireta, afirmam que a aparência física é responsável pela felicidade e sucesso, formando uma ilusão de bem-estar que para ser conquistado, será necessário que a pessoa se enquadre no padrão estabelecido de beleza. Verifica-se que há uma normatização da beleza, sendo estabelecidos limites do aceitável e do estético.
O conceito de imagem corporal é uma representação condensada das experiências do passado e do presente, reais ou fantasiadas e conscientes ou inconscientes, ou seja, é a idéia que o indivíduo tem de si mesmo.
A percepção e a decodificação que fazemos da auto-imagem é fundamental em nossa auto-estima e no nosso comportamento social e pessoal. Quem acredita possuir o corpo ideal se beneficia do que ele pode representar. Porém, a massificação da mídia e imposição do padrão de beleza vigente também tem trazido distorções psicológicas. A maioria das pessoas se incomoda com varizes, celulites, estrias, inchaços, e a nível psicológico poderão provocar uma desvalorização da auto-imagem e do auto-conceito. Em consequência disso, um aumento da sensação de inadequação perante aos padrões sociais vigentes. A obesidade, como se sabe, é um fator debilitante para a saúde e também para o funcionamento psicossocial.
Desta forma, a necessidade de adequação física e social é dinâmica e pressiona as pessoas a buscarem um corpo ideal. Caso contrário, poderão surgir sentimentos de ansiedade, inferioridade e retraimento.
No entanto, não há nada de errado em cuidar do próprio corpo e se sentir melhor, desde que seja uma necessidade e satisfação própria, não apenas uma imposição da sociedade. O importante é realizar tratamentos adequados com profissionais sérios e de confiança, levando sempre em consideração a vida e a saúde. O resultado de uma intervenção estética é satisfatório quando a atuação na imagem trouxer benefício ao bem estar da pessoa como um todo, que está associada ao corpo e a mente. Ter saúde não é simplesmente ter um corpo sem doenças, torneado e esbelto, é uma combinação do sentir-se bem consigo mesmo e com aquilo que faz.
Ser bela é ser bela por inteiro – e ser sábio é valorizar o todo!
Por: Solange Imhof Machado – CRP 12/05324
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