Talvez você até tenha ouvido alguém falar que foi devido a neuropatia diabética… Mas, você sabe como isto ocorre?
Bom, vamos lá. Começando pelo conceito de diabetes, que já conversamos em outro artigo, vamos lembrar que a glicose (ou seja, o açúcar) é uma fonte de energia rápida para o organismo. Exatamente como o combustível para o carro, e da mesma forma, ela deve estar armazenada num “tanque” chamado célula. Sempre que a glicose estiver acima dos valores normais no sangue, ela vai “queimar” os locais por onde passar. E o sangue só não passa pelos cabelos e unhas, ou seja, todo o corpo sofre processos de “queimaduras” pela diabetes descompensada. Quando este sangue com alto índice de açúcar passa pelas artérias dos olhos causa a retinopatia diabética (que faz a visão ficar turva e pode levar a cegueira no estágio final), nas artérias do coração pode levar a lesão e ao infarto do miocárdio, e assim por diante.
Mas voltando a neuropatia, imagine que os nossos nervos são como fios de energia elétrica. E a central fica no cérebro. Sempre que você for mexer o dedo da mão, vem uma ordem do cérebro, que caminha pelo nervo até o seu dedo e faz com que ele se mova. Exatamente como um interruptor de luz, que você aciona na parede ao seu lado e a lâmpada acende em outro local. Então, você pode imaginar que nossos nervos são semelhantes ao fio de luz, e exatamente como ele, possuem uma capa protetora para que não “dê choque”.
No diabetes descompensado, o excesso de açúcar no sangue vai “corroendo” esta capa protetora, também conhecida como bainha de mielina, e com isto o nervo vai ficando exposto. E, como na fiação elétrica da casa da gente, quando um fio está desencapado primeiro ocorrem pequenos curtos, até que por fim o fio para de funcionar. No nosso corpo, o nervo “desencapado” causa primeiro um excesso de sensibilidade, que é quando a pessoa sente muitas dores no membro (principalmente nas pernas), e por fim a dor desaparece e é substituída por uma insensibilidade (porque o nervo parou de funcionar). Esta fase final é a mais grave, porque o paciente pode se machucar e não perceber, e a ferida acabar evoluindo até que seja necessária a amputação do membro.
Por isso duas coisas são fundamentais para os diabéticos: controlar rigorosamente a glicemia a fim de evitar estas complicações e examinar diariamente os pés, que são os mais acometidos na neuropatia diabética. Dicas importantes a observar no cuidado com os pés em diabéticos:
Por: Dra. Céres Felski – Nefrologista – CRM/SC 5.675
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