Tendência é manter e expandir o sistema mesmo depois da pandemia.
O teleatendimento, ou telemedicina, realizado na Fundação Pró-Rim, no período da pandemia, representa segurança no atendimento do paciente e proteção para a equipe de profissionais. Na medida em que os pacientes estáveis são atendidos sem a necessidade da presença física deles na clínica, há o distanciamento social automático, o que preserva a saúde de todos e ajuda a conter a disseminação da doença. A explanação é da Coordenadora de Qualidade da Fundação Pró-Rim, Eviline Maria Varela Neermann.
Segundo ela, há um bom tempo que o tema telemedicina vem sendo debatido nos meios legais e científicos. “Existem pontos muito positivos nesta modalidade, pois os pacientes que moram em locais mais distantes podem ter o atendimento que precisam, evitando o deslocamento. Penso que com a experiência deste período de pandemia, está sendo possível avaliar na prática em quais situações o teleatendimento é viável e, provavelmente, poderá ser mantido em várias circunstâncias, mesmo depois que a pandemia for contida”, detalha Eviline.
A Coordenadora de Qualidade explica tecnicamente como funciona essa metodologia na Fundação Pró-Rim: “O nosso sistema de teleatendimento é simples. Como nossos pacientes são em sua maioria do Sistema Único de Saúde (SUS), a comunicação por videoconferência exigiria infraestrutura tecnológica mais complexa, como acesso a rede de dados. Optamos então, pelo sistema de telefonia que tem maior alcance. Como esta modalidade de atendimento não era prevista nas contratualizações com o SUS, procuramos encontrar uma maneira de evidenciar o trabalho realizado para facilitar as negociações. Com a experiência que temos do serviço de call center, aproveitamos a infraestrutura da nossa central telefônica para gravar as ligações com o consentimento do paciente. Assim, garantimos a segurança do sigilo da informação com a tecnologia de proteção de dados que temos, mas possibilitando, por medidas judiciais, a comprovação do serviço prestado”, detalha Eviline.
Dr. Luciana fazendo um das chamadas de atendimento ao paciente.
A Coordenadora dos Transplantes da Pró-Rim, médica nefrologista Dra. Luciane Monica Deboni, vê a telemedicina como ferramenta fundamental. “É uma forma de preservar os pacientes crônicos e os de maior risco como idosos, transplantados e especialmente aqueles que devem manter o isolamento social e evitar locais de maior potencial de contaminação como hospitais, postos de saúde e ambulatórios”, destaca a médica.
Como exemplo de eficácia ela cita um caso: “Tenho um paciente que mora em Florianópolis e apresentou uma alteração cardíaca importante. Ele ficou na dúvida se deveria ir ao hospital ou ficar em casa. Através da telemedicina, com as informações transmitidas por ele, orientei que ele deveria ir até o hospital, apesar do risco de contaminação. O paciente acabou se submetendo a um cateterismo e fez uma cirurgia cardíaca na sequência. Ou seja, se não fosse a telemedicina ele poderia ter ficado em casa e, na indecisão, não teria recebido atendimento adequado”, acredita Dra. Luciane.
Após a pandemia, a médica prevê uma rápida evolução da telemedicina. “Penso que isso veio pra ficar, não na mesma quantidade que se vê hoje, mas deve permanecer em crescimento gradativo. Isso acelera o projeto que a maioria dos serviços tinha neste planejamento, no sentido de tentar diminuir o deslocamento dos pacientes”. Ela acredita que essa tendência vai se refletir especialmente em consultas no pós-transplante, onde os atendimentos são mais espaçados, a cada dois, três meses. “Para os pacientes estáveis, que fazem consultas totalmente de rotina, esse atendimento tende a ser cada vez mais utilizado”, afirma a Dra. Luciane Deboni.
Para ela, a telemedicina é um mundo novo que se abriu, tanto para os profissionais da saúde quanto para os pacientes e o pessoal da tecnologia, onde todos estão aprendendo e desenvolvendo novas ferramentas para atender o paciente com toda a segurança e eficácia. “Essas ferramentas já existiam, mas havia uma certa resistência por parte de todos. Porém, com a pandemia, isso foi superado e todos tiveram que aprender rapidamente como lidar com esse novo tempo. Não tenho dúvida que a telemedicina veio pra ficar e vai ser uma ajuda fundamental daqui pra frente”, conclui a Coordenadora de Transplantes da Fundação Pró-Rim.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.