Em crise nervosa fui para casa e decidi que não iria mais fazer o tratamento", afirma Edilene
Em crise nervosa fui para casa e decidi que não iria mais fazer o tratamento”, afirma Edilene
“O médico disse que eu precisava colocar um cateter e fazer hemodiálise. Eu não sabia o que era cateter e muito menos hemodiálise. Ele implantou o cateter e eu perguntei: Dr. agora posso ir embora? O médico disse: – Você não entendeu, minha filha, isso é só um acessório para você fazer hemodiálise. Os seus rins pararam de funcionar e a sua vida agora depende desse tratamento. Então ele me levou para uma sala com umas 40 pessoas que faziam hemodiálise. Aí caiu a ficha e eu fiquei desesperada. Chorava na hora de entrar, até o momento de sair”. O depoimento, carregado de sofrimento e insegurança é de Edilene Borges da Silva, 41 anos.
Ela conta o que aconteceu nos primeiros meses de tratamento: “Parei com a hemodiálise quando vi que ia ficar o resto da vida sem poder trabalhar e nem viajar. Desisti de tudo. Até de viver. Fiquei depressiva e começou a me dar coceira no corpo todo. Doía tudo. Cada dia estava pior e não conseguia nem andar. Tinha decidido não fazer mais a tal da hemodiálise. Fiquei três meses sem aparecer na clínica. Seja o que Deus quiser, pensei. Hoje me arrependo dessa atitude irresponsável. Só não morri porque os meus rins ainda tinham uma pequena reserva. Posso dizer que aprendi a lição”.
Edilene relata que tudo começou quando ela e o marido estavam construindo uma casa para a família morar em Marabá, no Maranhão (MA). Ela passou a sentir fortes dores de cabeça, inchaço nas pernas e no rosto. “Fiquei muito mal e fui para o Hospital. O médico explicou que os meus rins estavam parando. Eu nem sabia que rim parava. Depois o médico me disse que provavelmente isso aconteceu por conta da pressão alta por longo tempo e sem tratamento”, descreve a paciente renal.
“Meu marido me levou de volta para a clínica, mesmo contra a minha vontade”, conta Edilene
“Diante da minha fragilidade física e da negativa em retornar para a hemodiálise, o meu marido tomou a decisão de chamar uma ambulância e me levou de volta para a clínica, mesmo contra a minha vontade. Voltei a fazer hemodiálise, mas mesmo assim ainda fiquei dois meses em cadeira de rodas, tudo por conta da minha rebeldia em negligenciar o tratamento. Então me conscientizei que precisava me cuidar e depois fazer o transplante”. Ela admite que tomou muitas decisões erradas, mas agora está centrada na sua recuperação. Edilene é mãe de sete filhos. O mais velho tem 23 anos e o mais novo vai fazer sete.
“Como não fazem transplante em Marabá, resolvi me mudar para Palmas, no Tocantins. Lá também não fazem transplante e os pacientes são encaminhados para Joinville (SC) ou São Paulo (SP). Escolhi Joinville, onde a fila anda mais rápido, segundo me explicaram. Só que não havia vaga na hemodiálise. Aí fui levada temporariamente para a unidade de São Bento do Sul (SC), onde lá entrei na lista de transplante. Agora estou em Joinville, fazendo hemodiálise, com muita esperança, contando as horas para fazer o transplante e refazer a minha vida ao lado da família”.
“Ainda bem que tem essa máquina que salva a vida da gente”, declara Edilene
“Estou me sentindo muito bem aqui na clínica parceira da Fundação Pró-Rim, onde recebo atendimento excelente e tenho informações a todo o instante sobre o meu estado de saúde. Quero agradecer à generosidade e dedicação de toda a equipe. Superei o medo e a insegurança e hoje me sinto outra pessoa, disposta a retomar a minha vida normal. A palavra-chave agora é transplante”, conclui Edilene.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim
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