Após passar mais de 40 dias internado, Valtair conta como foi a experiência e a força para voltar a viver.
Em meio às histórias de superação da Covid-19, encontramos o paciente renal crônico Valtair Berto que conseguiu vencer a doença e foi recebido com muito carinho por toda equipe. Pacientes renais e transplantados estão incluídos no grupo de risco sendo suscetíveis à forma mais grave da doença. Por isso, a recuperação de pacientes como o Valtair deve ser celebrada como uma grande vitória.
A febre foi um sinal de alerta e o teste confirmou a suspeita: positivo para Covid-19. Valtair ficou 41 dias internado, destes 22 em coma. Foram dias longe da família, recebendo mensagens de amigos, lutando pela recuperação e por sua vida. A esposa Elaine esteve ao lado dele: “Minha esposa é minha fortaleza. Foi ela quem me deu a força para superar tudo isso”.
A rotina da diálise continuou ao longo da internação. O acompanhamento da equipe médica da Pró-Rim também contribuiu para sua melhora. “O paciente renal é muito frágil ainda mais com este vírus. Lembro de em alguns momentos ver a preocupação nos rostos dos médicos. Eles disseram que foi por conta da minha vitalidade e da força de viver que hoje estou aqui para contar essa história”, comenta Valtair.
Valtair com sua esposa Elaine e o filho Vitor.
No retorno à clínica de hemodiálise, o paciente foi recebido com festa por toda equipe. Atualmente, ele faz o tratamento de hemodiálise no Centro de Tratamento de Doenças Renais (CTDR), em Joinville (SC), clínica parceira da Fundação Pró-Rim.
Após o longo e sofrido período de internação, o paciente se recupera aos poucos. As sequelas da doença ainda são visíveis, como dores nas articulações e cansaço. A família toda de Valtair teve a Covid, incluindo sua esposa e o filho Vitor, mas nenhum deles necessitou de cuidados médicos como o paciente.
Jovem, ativo e sem nenhuma doença pré-existente, Valtair recebeu o diagnóstico de insuficiência renal com surpresa há três anos. Apresentando muito inchaço no corpo e rosto, o diagnóstico só foi detectado no hospital. O uso exagerado e sem prescrição médica de anti-inflamatórios para controlar as dores de cabeça acarretou na perda da função renal.
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Há um pouco mais de um ano e meio, ele iniciou o tratamento de diálise peritoneal, modalidade de terapia renal substitutiva feita em casa com o auxílio de uma máquina. Mesmo com o tratamento, Valtair, de 37 anos, mantinha uma rotina dedicada ao trabalho e a família.
Depois de um tempo, por conta da falta de acesso, ele teve que substitui o tratamento de diálise peritoneal pela hemodiálise, o qual realiza até hoje. Mas o que o Valtair mais quer é o transplante renal: “com o transplante vou poder voltar a fazer as atividades que fazia antes de descobrir a doença. Você tem mais liberdade para tocar sua vida”.
A pandemia ainda não acabou. Os cuidados devem ainda ser mantidos por todos. Use máscara, higienize bem suas mãos, mantenha o distanciamento social. O Valtair, após essa experiência com a Covid-19, aproveita para deixar um recado para todos:
“Por tudo que passei, digo que temos que nos cuidar de todas as formas possíveis. É uma doença muito triste e desesperadora, espero que ninguém tenha que passar pelo que vivi. O nosso cuidado se reflete nos cuidados com o próximo, temos que ter a consciência disso”.
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