Aderson dá exemplo de determinação e improvisa exercícios físicos em casa durante isolamento.
Aderson Carvalho Barros é artista plástico, tem 43 anos e foi transplantado pela equipe da Fundação pró-Rim, no Hospital Municipal São José, em Joinville, em 2017. Poucos meses depois, embora não sendo atleta, decidiu participar de uma corrida de rua promovida pela Fundação Pró-Rim. Gostou tanto que acabou se tornando um dos principais atletas brasileiros transplantados em diversas modalidades de atletismo.
Nos últimos dois anos ele conquistou 56 medalhas entre competições nacionais e duas internacionais (Argentina e Inglaterra). Assim como todos os pacientes transplantados, Aderson sabe que também faz parte do grupo de risco em relação ao Covid-19. Ele conta como se exercita e acima de tudo se protege para se afastar do contágio.
>> Transplantado conquista cinco medalhas em competição internacional. Leia aqui a matéria.
Aderson em um dos seus treinos em casa. As atividades estão sendo feitas em casa por conto isolamento social e prevenção ao Coronavírus.
“Os cuidados que observo é evitar sair de casa. A todo instante lavo as mãos com água, sabão e álcool em gel. Na alimentação também evito tomar coisas geladas, para não pegar nem resfriado. Tenho consciência dos perigos que enfrentamos. Por isso, cada dia que passa é uma etapa de superação”.
Aderson lamenta que neste período não pode pintar os seus quadros e explica que é por causa da química forte da tinta que pode afetar o sistema respiratório.
“A minha rotina mudou totalmente. Não saio de casa pra nada. Estou me exercitando com o acompanhamento do meu treinador que manda o roteiro dos treinos via WhatsApp. Não tenho equipamentos adequados para treinamento. Por isso, desenvolvo a criatividade com o que tenho à disposição. Corro no corredor aqui de casa e faço exercícios com um pneu usado de automóvel. Dei um tempo na pintura devido o cheiro da tinta pra evitar alergia com espirros e tosse. tomo meus remédios no horário certo, conforme recomendado pela equipe médica. Estou fazendo a minha parte, porque ainda tenho muito tempo para viver”.
O atleta transplantado deixa uma mensagem para todos transplantados renais: “peço que se protejam e procurem se exercitar mesmo em casa, de forma leve e tenham sempre uma ocupação para ajudar a passar o tempo. E que Deus nos proteja porque tenho certeza que tudo logo voltará ao normal”.
A médica Dra. Luciane Deboni, coordenadora de transplantes da Fundação Pró-Rim, orienta aos transplantados e aos seus familiares a seguir uma série de recomendações.
– Ficar em casa e sair somente por absoluta necessidade, como consulta médica que não possa ser resolvida por telefone. Neste caso procurar pronto atendimento por problema de saúde agudo (especialmente febre e falta de ar).
– Lavar as mãos com muita frequência, mesmo ficando em casa, no mínimo a cada 2 horas. E especialmente ter tocado em coisas que tenham vindo da rua.
– Evitar aglomerações e restringir contato social.
– Ficar em casa somente com os membros da família que moram na mesma casa.
– Cumprimentar as pessoas de longe, não apertar a mão, não abraçar e não beijar.
– Evitar ao máximo colocar a mão no rosto (olhos e boca). Lavar as mãos antes de tocar o rosto.
– Limpar com água e detergente superfícies e objetos que são tocados com frequência, como mesas e celulares.
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