“A minha pressão arterial disparou e não dei a devida importância. Então, em 2011 tive eclâmpsia (quadro clínico que pode ocorrer durante a gestação ou logo após o parto). A Consequência é que perdi o meu bebê. Há cinco anos que meus rins pararam de funcionar, período em que passei a fazer hemodiálise”. O relato é de Rita de Cassia Ribas, casada, 38 anos e mãe de dois rapazes: José Armando, de 16 anos e José Henrique de 11. Ela é natural de Minas Gerais, mas morou muitos anos em Pacajá no Pará (PA).
A médica nefrologista, Dra. Luciane Deboni, coordenadora dos transplantes da Fundação Pró-Rim, esclarece que “a pré-eclâmpsia se caracteriza por proteinúria importante (perda de proteína na urina em grandes quantidades) e a Eclampsia, além da proteinúria a paciente gestante apresenta convulsões”. A médica explica que a Eclampsia e pré-eclâmpsia, são doenças da gestação, e que muitas pacientes apresentam insuficiência renal e muitas não recuperam a função renal, e desenvolvem doença renal crônica. Fatores como hipertensão, obesidade, diabetes, são fatores de risco e agravantes da progressão da doença renal.
Faz um ano e meio que Rita veio com a família para morar em Joinville (SC), cidade que é referência em transplantes e tratamento renal. Decidiu que quer fazer o transplante o mais rápido possível. Então entrou na lista de espera. Porém, explica: “Tenho painel genético bem alto, o que dificulta a compatibilidade de um rim de doador falecido. Mas, Deus sabe a hora certa”, acredita.
Segundo a Dra, Luciane, “o PRA (paineol de reatividade de anticorpos) representa a quantidade de anticorpos que a pessoa tem em relação à população”. Ela cita como exemplo o painel de 90 por cento, que significa que eu tenho anticorpos pré-formados contra 90% da população. “Então, de cada 10 rins que forem ofertados a um paciente que tem este painel alto, contra nove deles o paciente já apresenta anticorpos e, consequentemente os órgãos seriam rejeitados, não sendo possível o transplante nestes casos” , finaliza a médica.
A paciente Rita revela que o período mais triste que enfrentou desde que começou a dialisar, foi quando o marido sofreu um acidente e ficou na UTI entre a vida e a morte. “Foi muito difícil, eu dependendo de uma máquina para viver, com dois filhos pequenos para criar e medo do que poderia acontecer com ele. Me senti fragilizada. Mas, Deus nos protegeu novamente. Hoje estamos bem e ele teve recuperação plena.
Sobre os momentos alegres, Rita assegura que conserva todos. “A felicidade é saber que a família está sempre do meu lado e apoiando incondicionalmente a minha luta contra a doença renal”. Além disso, acrescenta, “o atendimento da equipe da clínica parceira da Pró-Rim é humanizado e excelente tecnicamente. Me sinto segura. São pessoas de coração generoso que se dedicam com amor a cuidar de cada paciente. Só tenho que agradecer a tudo o que fazem por mim”, reconhece Rita. “Agora é esperar pelo transplante. Estou confiante que vai ser muito em breve e me trazer mais qualidade de vida”, finaliza.
Leo Saballa — Comunicação Pró-Rim
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