“Nasci de novo. Me sinto muito melhor. Talvez nunca tenha me sentido assim”, conta animado Anderson Laurentino após completar 4 meses de transplante renal. Ele é um dos pacientes que participaram da campanha dos 1.700 transplantes renais, divulgada pela Fundação Pró-Rim.
O torcedor do Flamengo, e que gosta de passar os momentos livres junto da família, teve que abdicar de muitas coisas quando descobriu a insuficiência renal aos 19 anos. Uma dessas atividades que deixou de lado por causa da doença foram os treinos de futebol, que ele tinha a rotina de fazer duas vezes por semana. O que muita gente não sabe, é que o tratamento de hemodiálise muitas vezes deixa a pessoa fraca, impossibilitando que o paciente faça algumas atividades após as sessões de diálise.
Confira o vídeo de Anderson na campanha “1.700 transplantes renais”:
“Quando fiquei sabendo da doença, pensei que iria fazer um procedimento e já seria liberado. Depois veio a realidade. No começo foi difícil, mudou toda minha vida, as atividades, alimentação, temos muitas restrições”, conta ele sobre quando foi informado de seu estado de saúde. A hemodiálise não é apenas um tratamento, é o que mantém a vida do paciente renal crônico. Por isso, é importante a aderência do paciente em todo o processo, resultando uma melhor qualidade de vida e sucesso no tratamento.
“Sempre quis fazer o transplante. Era uma nova chance de ter uma vida normal”, comenta Anderson. Ele lembra que quando entrou na lista do transplante, já fazendo a hemodiálise, aguardava todo dia pela ligação da equipe avisando sobre o órgão. A previsão do transplante seria de 2 a 3 meses por conta do quadro de saúde dele, mas nenhum órgão compatível surgiu nesse período.
Os meses passaram. Mas o tão esperado dia chegou. “Eu estava almoçando, logo depois o telefone tocou. Era a Dra. Marina dizendo ‘chegou o seu rim’. Fiquei em choque, não tive reação. Contei para minha mãe e ela achou que eu estava brincando!”, conta ele. “Ela ficou mais nervosa do que eu, andando de um lado pro outro”.
Fazem 4 meses que Anderson recebeu o novo rim e muita coisa já mudou em sua vida. “Minha alimentação, respiração, me sinto bem melhor. Eu nunca me senti tão bem”. E ele já esta com novos planos: “Quando estava em tratamento só pensava no transplante. Vou voltar a estudar e pensar no futuro. Eu mudei muito depois que fiquei doente. Agora dou valor para as pequenas coisas da vida.”
“Quando recebi a notícia do transplante, eu não sabia o que pensar. Se ficava triste pela família que perdeu um ente querido, ou feliz porque havia recebido a doação. Tenho gratidão pela família que disse ‘sim’ pela doação de órgãos”, comenta.
O sentimento que Anderson teve sobre a notícia do transplante, mais de 30 mil pessoas aguardam para vivenciar. Esse é o número de pacientes que estão na fila da doação de um órgão no Brasil. São pessoas que dependem do “sim” de muitas famílias para poder ter a chance de uma vida nova. Por isso, a importância de dialogar sobre o tema com seus familiares. Se você tem esse desejo, avise sua família.
“Para a família é difícil pensar na doação de órgãos neste momento de dor. Mas é importante lembrar que você vai poder salvar alguém. Pra quem esta esperando é uma nova chance. A doação é uma continuação da vida. Sou eternamente grato, não só por mim, mas por outras pessoas que receberam um órgão. É um ato de amor pelo próximo”, finaliza Anderson.
Assista ao vídeo da campanha “1.700 transplantes renais”:
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.